Descriminalização das drogas não a reduz violência

Capa: Divulgação

“Não acredito que a descriminalização das drogas contribuirá para a redução do tráfico e da violência”. A afirmação foi feita pelo deputado Rodney Miranda (DEM), que também é delegado federal e ex-secretário estadual de Segurança Pública. A opinião é motivada pelos debates realizados na Cúpula das Américas nas últimas semanas sobre a legalização das drogas como forma de combate ao narcotráfico.

Para o deputado, se a droga for liberada haverá o aumento do consumo, do tráfico (a disputas pelos pontos de venda), e também da criminalidade. “A descriminalização vai gerar um problema de segurança pública: o aumento da criminalidade e a explosão do sistema público de saúde gerado, causado pelo crescimento da demanda por tratamento”, defendeu o deputado.

Rodney Miranda acredita que a sociedade precisa começar a falar mais sobre o tema da prevenção e alerta às drogas. “Estamos abordando apenas a ponta do problema. É necessário conscientizar a traumatizar nossas crianças, a partir dos 6/7 anos. Mostrar o perigo das drogas, e ao mesmo tempo alertar pais e educadores para a importância de dialogar melhor com nossas crianças e adolescente sobre o problema”, disse.

A chave do problema, segundo Rodney, é a diminuição do mercado consumidor, que não será resolvida com a liberação, mas sim com a atuação integrada de todos. “Se não agirmos assim, não daremos conta do combate que já estamos enfrentando. As pessoas que defendem a liberação precisam ouvir um pouco mais a realidade dos profissionais da segurança, de saúde e dos familiares e vítimas desse mal”, finalizou Rodney.

Efeito global

O mundo se debruça sobre o estudo das possibilidades de criar novos métodos de combater o “efeito global”, que é uma expressão utilizada para indicar a grande expansão do narcotráfico e a violência endêmica em termos mundiais, gerada pela comercialização ilegal e o uso de drogas.

Durante a Cúpula das Américas, na cidade colombiana da Cartagena, líderes de países, como México, Brasil e Venezuela, entre outros, se reuniram para debater o combate mundial contra as drogas. Outro tema discutido foi o deslocamento da produção de drogas, que levou os traficantes a procurar novas rotas em territórios até então inexplorados, como o caso da América Central ou, mais recentemente, da África subsaariana.

Da redação / Web Ales

(Reprodução autorizada mediante citação da Web Ales)