Acusado de corrupção se prepara para assumir no Senado (Nacional)
Corrupção ativa; pagar propina para se livrar de cobranças de imposto. Essa é acusação que o Ministério Público Federal (MPF) faz contra o futuro novo senador da República Roberto Cavalcanti Ribeiro (PRB). Suplente do senador José Maranhão (PMDB-PB), que deve ser empossado hoje (18) como governador da Paraíba, Cavalcanti passou a tarde no gabinete do titular. A expectativa é que ele assuma o mandato amanhã (19). O futuro senador foi diretor da Indústria e Comércio de Materiais Plásticos (Polyutil), depois transformada em Associação de Participação e Gestão Compartilhada (Plastfort), como mostrou o Congresso em Foco em novembro passado. À época, Cavalcanti era acusado de corrupção ativa, estelionato, formação de quadrilha, uso de documentos falsos e crimes contra a paz pública. Mas, segundo informou hoje a assessoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o suplente de Maranhão impetrou um habeas corpus, as acusações foram reduzidas para corrupção passiva. Em dezembro, a 6ª Turma do tribunal entendeu que o Ministério Público não poderia acrescentar acusações numa denúncia feita contra Cavalcanti e ex-procuradores da Fazenda Nacional. Isso porque o suplente de senador havia sido denunciado uma primeira vez pelos procuradores, mas a Justiça rejeitou a acusação, considerando-a mal fundamentada. O MPF então fez uma nova denúncia (aditamento, na linguagem jurídica), e aproveitou para acrescentar outros crimes além da corrupção. Agora, Cavalcanti está prestes a assumir um mandato no Senado, o que lhe garantirá foro privilegiado de acusações como essa. O caso deverá ser remetido para o Supremo Tribunal Federal (STF). O site do Correio da Paraíba, uma das empresas do futuro parlamentar, comemorava a vitória de Maranhão. José Maranhão vai assumir o governo após perder nas urnas a disputa para Cássio Cunha Lima (PSDB), que ontem teve a cassação do mandato confirmada pelo TSE por compra de votos. "Paraíba sob nova direção - Maranhão: prioridade é retomar e concluir obras inacabadas", informava a versão eletrônica do jornal do suplente na tarde desta quarta-feira. Congresso em foco
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